terça-feira, 31 de março de 2009

Energia e Conhecimento - Parte 2

Texto de Dudu Lopes

Na PRIMEIRA PARTE procurei explicar o que é energia, que energia é a expressão visível do eu, mas que nós não somos energia, o eu é aquele que se torna visível como energia mas que é mais do que energia.

Também expliquei que quando a energia direta do eu está bloqueada, nós recorremos a outras fontes indiretas.

As pessoas são desesperadas por energia como são por dinheiro e beleza. E a maioria das pessoas enxerga energia apenas nas fontes externas, e caem no erro de confundir energia circulando nas coisas externas com a energia mesma, os mais jovens vêem a energia na "adrenalina", e os mais velhos vêem energia nos mais jovens.

Juventude e Energia

A juventude não é cheia de energia, a juventude é cheia de energia circulando, circulando pra fora, vazando energia e trazendo a velhice futura. A "adrenalina" não traz energia, ela suga energia de alguma área de sua vida e a joga para o seu sistema nervoso; no futuro, alguma área da vida vai sofrer com essa energia consumida.

Através de rituais, oferendas e de outras manipulações da natureza oculta é possível reabastecer uma pessoa com energia, de forma artificial.

De forma natural, o sono, a água pura e uma alimentação sem aditivos químicos (pelo menos, na medida do possível), rica em vegetais, são grandes fontes de energia. O café não traz energia, apenas desvia a energia de alguma área para o sistema nervoso, assim como a "adrenalina", pode vir a trazer problemas futuros. Hoje você se entope de café, várias vezes ao dia, todo dia; meses ou anos mais tarde pode vir a ter problemas financeiros, pessoais ou emocionais por falta de energia, por ter usado o café (ou outras substâncias com efeito semelhante) para disfarçar a carência energética em alguma ou algumas áreas.

Energia e Deus

É comum, quando sugiro que se faça um trabalho ritual para se abastecer de energia, que as pessoas reajam com o clichê de que "Deus é minha fonte inesgotável de energia" ou, se a pessoa tem alguma ligação com o esoterismo, "Meu Eu Superior é minha fonte inesgotável de energia". E eu sempre respondo:

- É... isso é verdade. Mas nem por isso a gente deixa de almoçar ou jantar todo dia.

Assim como a comida é uma forma natural de se abastecer com a energia do eu ou de Deus, como queira, existem ritualísticas que são formas artificiais de fazê-lo, e são indicadas quando as formas naturais já não suprem mais a necessidade diária de uma pessoa, seja porque ela abusou no desperdício da energia no passado ou por estar sendo atacada por alguém ou algo dos mundos acima do Plano Físico.

Energia Roubada

Assim como o dinheiro, a energia pode ser roubada. E como energia é uma mercadoria cara, é muito comum sermos atacados por punguistas astrais; e, igualmente, é muito comum nos colocarmos na posição de punguistas e procurarmos sugar a energia alheia, geralmente isso é feito inconscientemente e disfarçado pelas nossas melhores intenções. O estudo de si mesmo e da própria vida é a única forma de deixarmos a mesquinharia de usurpar energia alheia e nos transformarmos em pessoas independentes.

Quando conhecemos a nós mesmos transformamos a energia em conhecimento, e essa é a única forma que a energia toma que não pode ser roubada. Quando se aprende uma coisa e a esquece por alguns anos, você pode ter que reaprendê-la, mas o aprendizado do que já se sabe é muito mais fácil do que aprender aquilo que nunca aprendemos antes.

O conhecimento pode ser esmaecido, mas nunca perdido, porque o conhecimento é uma expressão sólida do eu. E eu sou sempre eu.

O meu eu e o seu eu e o eu de todos é, em última instância, um só eu. Tudo o que você sabe, eu sei; tudo o que eu sei, você sabe. Tudo o que Einstein sabe, eu sei; tudo o que Vivekananda sabe, eu sei. O Eu Universal tem a sua Mente Universal, e é através dessa Mente que tudo o que existe, é. Ali está tudo o que sempre existiu, existe e sempre existirá. Tendo acesso à Mente Universal, conhecemos tudo. Bonito isso, né?

O Conhecimento e a Mente Individual

Mas o "x" da questão é que nós vivemos com a mente individual, e todo o conhecimento existente que não atinge a nossa mente individual é tão presente quanto um pedregulho no caminho de um cego, ele pode ignorar a existência da pedra completamente, mas ao topar com ela vai sentir dor e pode até se ferir gravemente. O cego pode continuar pelo resto da vida sem saber que foi uma pedra que atingiu, pode mesmo nunca vir a saber o que é uma pedra, mas de vez em quando vai topar com uma e se ferir, e enquanto não conhecer a pedra e a sua natureza vai continuar a ter problemas com ela.

Por mais energia que nosso pobre ceguinho tenha, somente conhecendo a existência do pedregulho, a sua natureza imóvel, o seu peso maior do que a capacidade do ser humano de levantá-lo, somente conhecendo a natureza da pedra é que o cego aprenderá que deverá contorná-la e, melhor, aprenderá que deve identificar a sua presença antes de topar com ela, talvez com a ajuda de uma bengala.

Ao contrário da cegueira física, a cegueira da ignorância melhora com a atuação da inteligência. Podemos ir de cegos a míopes somente aprendendo sobre a existência da pedra, e ao utilizar a bengala podemos trazer a miopia a níveis aceitáveis, até dispensarmos a bengala e, mais tarde, até os óculos.

Instrumentos Para o Conhecimento

A bengala e os óculos são aqueles instrumentos que nos ajudam a trazer para a nossa própria mente individual o conhecimento contido em outras mentes individuais. Os livros, os vídeos, as palestras, os workshops e as aulas em salas de aula são nossas bengalas e óculos.

Assim como enxergamos com os olhos e não com a bengala ou com os óculos, não adquirimos conhecimento através dos livros ou dos outros meios. Através deles, apenas aprendemos o que existe, e isso é muito importante, mas não é conhecimento. Conhecimento é quando experimentamos o que existe.

Para quem nunca ouviu falar na existência do Plano Astral, ler ou ouvir alguém mencionar a sua existência é a única forma de adquirir condições para experimentar o Plano Astral. É impossível experimentar algo que nunca soubemos que existe. Aqueles que têm experiência de sair do corpo e fazer uma viagem astral sem nunca ter ouvido falar do plano astral nessa vida, certamente o conheceu na outra. As almas jovens, com pouca encarnação, que nunca ouviram falar da existência do Plano Astral, ficam completamente inconscientes neste plano, como se o Plano Astral não existisse.

Daí a importância de se aprender o que existe, através dos livros, dos vídeos, de ouvir as pessoas que podem nos informar a respeito. Mas saber que algo existe não é conhecer esse algo.

Energia e Conhecimento

Só ter energia não adianta, é necessário saber que existem pedregulhos; aliás, ir com muita energia em direção a um pedregulho que se ignora pode até ser mais prejudicial do que benéfico. Mas também somente saber da existência do pedregulho sem conhecer a sua natureza sólida e pesada não nos protege de ir com toda energia de encontro a ele; não podemos tentar pular a pedra sem saber a sua altura, contorná-la sem saber a sua largura, ou levantá-la sem saber o seu peso. Podemos nos ferir seriamente sem o conhecimento sobre a natureza da pedra, ao tentar pulá-la ou levantá-la, e ainda não ter sucesso.

100% das pessoas que me procuraram com problemas, em todos esses anos que ensino ocultismo como forma de aconselhamento, estavam interessados apenas em energia. Somente aqueles que se aprofundaram no estudo do ocultismo entenderam que a energia apenas não soluciona nossos problemas e nem evita problemas futuros.

Somente a energia aplicada com o conhecimento é que pode nos garantir felicidade futura e solução para os nossos problemas.

Assim como a energia, o conhecimento puro e perfeito deve vir direto do eu; mas (e sempre tem um "mas" no que diz respeito a ocultismo e espiritualidade) quem de nós pode obter conhecimento diretamente do eu, sem usar a própria mente?

Sendo assim, o melhor conhecimento é aquele que obtemos com segurança e o mais baixo custo de vida possível. E é sobre como obter o conhecimento da melhor maneira o tema que você vai encontrar na terceira e última parte deste texto.





2 comentários.

Tania disse...

Ansiosa pela próxima parte!!!

Canto do Dudu - Dudu Lopes disse...

Oi, Taninha!

Eu ia dizer pra vossuncê tomar um Ansiodoron... mas como já postei a terceira parte, num precisa.

Beijos do seu,
Dudu.

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