sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Ocultismo e o Caminho Espiritual

Texto de Dudu Lopes

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DIA DESSES, passeando por um fórum sobre Budismo, alguém relatava uma experiência que tivera durante a meditação, que havia se sentido expandir, ouviu, viu e sentiu "maravilhas", e perguntava se havia atingido o samadhi que é um estado consciente completamente fora da mente e de qualquer plano.

Eu não conheço nada sobre o samadhi, mas conheço alguma coisa sobre experiências fora do corpo ou, no caso do sujeito do fórum, uma quase experiência fora do corpo. E, lendo o seu relato, foi óbvio pra mim o que acontecia, o relaxamento que atingiu criou um quase desdobramento (saída do corpo), e as "maravilhas" não passavam de uma interpretação de sua mente física maravilhada com a realidade astral.

Paris pode parecer uma maravilha para quem a vê pela primeira vez, mas uma completa banalidade pra quem nasceu e cresceu ali.

Muita gente vive na dicotomia matéria e espírito e pensa que tudo o que não é matéria é espírito, algo divino e maravilhoso ou demoníaco e terrível. E o que é pior, confia que tudo o que é luminoso e belo é do Bem enquanto tudo o que se apresenta escuro e feio é do mal.

Nada mais longe da verdade.

A Imensidão da Natureza

O mundo é feito de tanta variedade que rotular de espírito ou matéria, bem ou mal, simplesmente por conta de características externas, é um pensamento muito simplista e perigoso.

Perigoso porque, bem pior do que no mundo conhecido, no mundo desconhecido do Plano Astral o que tem de bandido com pinta de super-herói não tá no gibi.

Talvez as únicas defesas que temos contra os picaretas do além sejam a inocência e a dedicação a uma ou mais virtudes divinas.

Inocência não é se fazer de idiota, fingindo ignorar o que no fundo se sabe. Inocência não se controla e nem se tem consciência dela. Então, é uma carta fora do baralho.

Virtudes Divinas

As virtudes divinas, por outro lado, estão a nosso alcance em maior ou menor grau. Mahatma Gandhi se utilizou das virtudes divinas Verdade e Não-Violência como ferramenta para alcançar a independência da Índia.

Sem alcançar níveis perfeitos a gente pode se utilizar das virtudes divinas como proteção ao se aventurar pelas viagens astrais ou em qualquer outro plano ou região fora do físico. Pra isso, basta praticar, por exemplo, falar somente a mais absoluta verdade (incluindo não mentir nem mesmo por brincadeira) conscientemente, num ambiente sem riscos, pra evitar acidentes. Isso pra começar, é claro.

Uma boa lista de virtudes divinas que devem ser praticadas são os Yamas e Niyamas. Mas não são as únicas.

Na minha opinião, assim como é importante a proteção Divina para se explorar a natureza oculta, é igualmente importante conhecer a natureza oculta para não se confundir manifestações dessa natureza com experiências espirituais relacionadas somente com a Divindade Única.





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