Texto de Dudu Lopes.
Leia antes:
O Que É Yoga: O Básico
NO TEXTO ANTERIOR EXPLIQUEI que Yoga não é uma "ginástica indiana" mas, em última instância, a união da parte Divina do homem com Deus, através de eliminar as influências externas, seja da natureza, seja das outras pessoas, seja de outros seres.
No nível médio, no nível que nós, pessoas comuns, estamos, Yoga é atingir independência das influências externas nocivas e assim obter energia e conhecimento, os dois componentes do progresso, seja do progresso espiritual, seja do progresso das coisas da vida, como dinheiro, saúde e romance.
Como Praticar o Yoga
O Yoga apresenta uma forma de ensino que demonstra primeiro a perfeição da prática, onde se chega, por fim, quando a prática se torna perfeita. Isso costuma assustar as pessoas que não conhecem essa forma de ensino e, por isso, acham tudo muito inalcançável. Os santos e sábios do Yoga também utilizam esta mesma forma de ensino, e não é raro os ocidentais se assustarem com seus ensinamentos aparentemente inalcançáveis para as pessoas comuns.
Na prática do Yoga, é sempre bom lembrar que é apontada a perfeição, uma referência ao objetivo, até lá tudo deve ser feito sem agredir a constituição física, mental e espiritual de cada um, de acordo com a nossa capacidade. É nesse contexto que vou explicar as oito práticas principais do Yoga, de forma acessível às pessoas comuns como eu e você, de acordo com o ensinamento de meus próprios professores espirituais.
As Oito Práticas do Yoga
Patanjali a divide a prática do Yoga em oito partes:
1. Yamas - são práticas que administram a expressão de cinco movimentos da natureza: a agressividade, a negação da realidade, a sensação de que tudo é meu, a sexualidade e o excesso.
2. Niyamas - são práticas que estimulam cinco movimentos da natureza que, em geral, não são espontâneos: a limpeza, a satisfação sem a presença do objeto que satisfaz, a capacidade de resistir ao sofrimento, o estudo de si mesmo e a entrega a Deus.
3. Asana - é uma postura física que traz ao praticante domínio sobre o próprio corpo.
4. Pranayama - é o controle da energia primordial do Universo, o prana.
5. Pratyahara - dar um descanso aos sentidos, não se utilizando deles ou reduzindo o uso.
6. Dharana - é direcionar o movimento da matéria da mente (o chitta) em um só ponto, que pode ser um objeto qualquer ou uma imagem da Divindade.
7. Dhyana - é ter o movimento da matéria da mente (o chitta) fluindo automaticamente (sem a nossa interferência) para um só ponto, que pode ser um objeto qualquer ou uma imagem da Divindade.
8. Samadhi - é se relacionar com um ponto, que pode ser um objeto qualquer ou uma imagem da Divindade, sem a necessidade de fazer uso da matéria da mente (o chitta), o que nos faz nos tornar o objeto.
Essas oito práticas não precisam ser praticadas linearmente, da primeira à última. Podem ser praticadas fora desta ordem a partir do momento que haja algum progresso. Mas as anteriores sempre serão a base para as posteriores.
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