terça-feira, 18 de setembro de 2007

O Tamanho Do Problema

Texto de Dudu Lopes.

UM DOS ERROS mais comuns que acontece quando alguém se depara com um problema é estimar de forma errada o tamanho do problema.

Pra maior ou pra menor.

Problemas Pequenos

Lembro-me de um cliente que ao se defrontar com a possibilidade de demissão por conta das intrigas de alguém que ele julgava bem inferior e incompetente se queixou:

- Alguém do meu gabarito não pode estar tendo problemas ridículos por causa de algo tão medíocre - e depois desfilou um rosário dos problemas que já havia enfrentado na vida, esses sim dignos de nota, segundo ele.

Descobrir que o papel higiênico acabou em meio a uma situação embaraçosa é decididamente um problema ridículo causado por algo medíocre, mas pode ser muito inconveniente para o nosso progresso naquele momento se a gente não souber lidar bem com a situação.

É bem comum pessoas que perderam os movimentos das pernas se acharem umas idiotas na fisioterapia tentando mexer um dedo.

Não existe problema pequeno.

Todo e qualquer problema que esteja passando ou venha a passar é resultado de seu próprio tamanho e não do tamanho de alguém ou de alguma coisa externa.

Não importa a forma aparente de um problema, ele sempre se adaptará à grandeza da pessoa, ainda que em sua aparência possa parecer medíocre, todo o corpo astral do problema terá a grandeza à altura de seu oponente.

O esforço maior não acontece na superfície ao tentar mexer o dedo, mas nas profundezas, na luta para rejeitar e afastar o ser astral que está fornecendo pelos bastidores a inteligência e a ação que cria o problema.

E esse ser astral, ainda que invisível aos olhos destreinados e ainda que atuando numa proporção enganosa, tem o tamanho necessário para testar nossa habilidade na vida ou nos forçar a dar alguns passos pra trás ou pra baixo.

Problemas Grandes

O mesmo pode ser dito em relação aos problemas grandes. Problemas que parecem grandes demais não são causados por aquilo que aparentam, por isso parecem intransponíveis.

Nessas horas devemos procurar a realidade do problema que está oculta para termos alguma chance de reação.

Mas, infelizmente, a maioria de nós tem uma completa ignorância em relação à natureza oculta das coisas e por causa disso fica martelando a cabeça numa muralha de concreto, gastando energia e tempo preciosos, infringindo ferimentos a si mesma, fazendo da derrota a única opção.

Enquanto a solução, ou pelo menos a possibilidade de contornar o problema, pode estar em apenas olhar para uma direção que absolutamente nunca se pensou olhar.

Problemas Furtivos

Existem problemas que começam pequenos, parecem completamente inofensivos, e logo tomam proporções gigantescas nos pegando despreparados. Como um lanchinho no lugar do almoço e noites mal dormidas que depois de meses se transformam numa tuberculose.

E existem problemas que surgem enormes e quando os enfrentamos com vigor se escondem numa forma pequena, nos fazendo pensar que a luta está ganha e aí paramos de lutar antes do tempo. A tuberculose também cai bem aqui como exemplo, os sintomas desaparecem antes do fim do tratamento, e caso esse seja interrompido a doença retorna de forma selvagem.

Uma dica legal: a solução pode não ter o mesmo tamanho que o problema. Problemas grandiosos não requerem necessariamente soluções grandiosas; e problemas num formato medíocre podem requerer soluções bem elaboradas.





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